Arquivar julho 2014

QGIS 2.4 lançado

Uma nova versão do QGIS foi lançada estes dias! A versão 2.4 conta com diversas funcionalidades novas e correções de bugs.

Acho incrível uma equipe com tão reduzida consiga manter um software de alta qualidade, com milhares de linhas de código e releases tão apertadas. Parabéns time QGIS!

A grande mudança do momento é a renderização multi-threaded! Antes o QGIS utilizava apenas um core do processador para renderizar os dados dos mapas. Agora ele utiliza vários. A funcionalidade, já saiu do modo beta e está em produção, mas ainda acredito que necessita de testes, principalmente em ambientes que utilizam bancos de dados.

Os tempos de renderização com a funcionalidade de multi-thread melhoraram bastante. Em testes simples com um cronômetro externo, medimos junto com a equipe os tempos em diversas áreas do projeto, em diversas escalas.

Em alguns pontos saímos de 5,9s para 3,92 – isto para a extensão total de um projeto, com milhares de objetos, em uma máquina quad-core com 4Gb de RAM. Não se esqueçam, as renderizações atuais dos softwares GIS não são aceleradas por GPUs (placas de vídeo, para facilitar). É uma melhora de (mais ou menos) 30%. Em outros casos a melhoria foi um pouco mais tímida, mas ainda assim, significante: de 2,83s para 1,61.

A única coisa que não consegui medir foi se o QGIS está onerando o banco mais que o necessário, mas acredito que não. Em nosso parque de máquinas, apenas um usuário conta com o 2.4, mas os outros devem migrar logo.

Novos renderizadores poligonais também foram incluídos, permitindo o uso de gradientes, internos e externos (lembram dos mapas da National Geographic?).

O changelog completo pode ser conferido aqui.

Mais uma vez, parabéns time QGIS!

Skybox

Uma empresa do Vale do Silício, a Skybox, anda desenvolvendo uma frota de pequenos satélites para coleta de imagens terrestres.

Seus satélites são pequenos, comparados aos da concorrentes, mas sua filosofia de trabalho é ligeiramente diferente. A ideia principal dos caras, é ter esta frota, trabalhando 24 horas por dia, 365 dias por ano. Eles acabam misturando uma grande infraestrutura de TI, com terabytes de imagens coletadas diariamente.

Os satélites deles são muito mais leves (20x menores) que os satélites tradicionais e conseguem nos dar imagens com pixels menores do que um metro. Apesar de não ter conseguido colocar minhas mãos em samples brutos, as imagens que eles mostram no website são simplesmente fantásticas.

Agora, a cereja do bolo: vídeo em alta resolução durante a passagem do satélite. Duvidam? Direto do vimeo deles:

Confiram toda a galeria no link.