Arquivar 2015

Telescópio Hubble faz 25 anos

Olá pessoal!

Hoje o telescópio Hubble está fazendo 25 anos de idade. Exatamente, 25. Já passou da adolescência e entrou no early twenties. Na imagem da capa da postagem, está a Ring Galaxy AM 0644-741 (fonte: Astronomy Picture of the Day.

Alguns dos números impressionantes do Hubble:

  • Lançado em 24 de abril de 1990;
  • Orbita a 547 km da Terra;
  • Uma revolução a cada 97 minutos;
  • O espelho do Hubble possui 2,4m de diâmetro;
  • Mais de um milhão de observações;
  • Citado em mais de 12 mil artigos científicos;

Os números por si só são impressionantes, mas o Hubble passou por momentos difíceis.

A história do Hubble começa em 1946, quando o americano Lyman Spitzer sugeriu que teríamos muitas vantagens com um telescópio baseado no espaço, isso mais de uma década antes de qualquer satélite artificial ser lançado. Em 1970, a NASA iniciou o recolhimento de fundos para este telescópio, nomeado de Hubble em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble.

Lançado em 1990, a primeira imagem do Hubble foi um fracasso, possuindo distorções não planejadas. O foco do espelho estava fora do “prumo” por 2.200 nanômetros, muito mais fino que um fio de cabelo, mas suficiente para estragar toda a expectativa gerada em torno deste feito.

A salvação veio em forma de dois novos instrumentos, COSTAR e WFPC2. Como o telescópio foi criado em formato modular, era esperado que os instrumentos pudessem ser trocados. O COSTAR, é uma coleção de espelhos móveis que alteravam a forma que luz entrava em seus instrumentos, corrigindo a falta de foco. Mas o que realmente salvou o Hubble não foi o COSTAR e sim o WFPC2 (Wide Field and Planetary Camera 2), uma camera construída precisamente para corrigir o erro existente no espelho.

O último dos instrumentos originais do Hubble, uma camera, foi substituída em 2002, eliminando a necessidade do COSTAR. A WFPC2, foi trocada pela WFPC3 em 2009.

Apesar das dificuldades, o Hubble realmente é um instrumento poderoso, que ajudou astrofísicos a provarem a expansão do universo e nos deu belas imagens do cosmos.

Que venham mais 25 anos!

QGIS 2.8 lançado

Mal chegou a versão 2.6 do QGIS, já lançaram a versão 2.8 e um ou dois dias depois a 2.8.1 – codename Vienna (Wien, em alemão)! Este lançamento, muito rápido da versão 2.8.1 se deu porque foi descoberto um bug sério no Composer, rapidamente identificado e corrigido, que impedia o usuário de trocar as fontes de textos.

Porque tantas versões? Bem, para começo de conversa, a versão 2.8 é um marco nos lançamentos do QGIS, pois ela representa um versão LTR (Long Term Release) que terá correções de bugs durante um ano, garantidas.

Isso é importante para organizações, como a nossa devido as velocidade das mudanças que o mundo do software livre consegue imprimir em seus lançamentos. Isto significa que podemos contar que a versão 2.8.1 irá funcionar, sem alterações, apenas com correções de bugs, durante no mínimo, 1 ano completo.

A versão 2.6, trouxe avanços muito importantes para a ferramenta, como pode ser visto no changelog. Funcionalidades como:

  • Novos Widgets de edição;
  • Criação de campos virtuais (com a calculadora de campo);
  • Novas expressões para calculadora de campo;
  • Melhorias na legenda;
  • Possibilidade de desligar um ou mais itens classificados de uma camada (ah, quero ver apenas os rios classificados como > 10m), sem a necessidade de aplicar um filtro;
  • Diversas melhorias no Composer para construção de layouts e mapas finais;

Mas não podemos parar por aí, pois estamos entrando na era do LTR. As melhorias da 2.8.1, são ainda melhores, como:

  • Expressões diretamenta na tabela de atributos (basicamente como no Excel);
  • Framework de integração contínua e testes automatizados (através desta funcionalidade, que não aparece para o usuário, o time do QGIS consegue verificar com antecedência, se algum bug está aparecendo ou se alguma funcionalidade está se comportando de forma estranha);
  • Melhorias na caixa de medição;
  • Prefixos para camadas com join;
  • Criação de layers temporários em memória;
  • Integração de novas ferramentas de digitalização, antes só possível através de plugins;
  • Uso de predicados espaciais para consultas de localização;
  • Suporte ao Qt5 (Qt5 é a biblioteca responsável pelas telas e outras coisitas más do QGIS);

Oficialmente, a SIGMA, passará a utilizar o QGIS 2.8.1 em todos os seus ambientes, pelos motivos já expostos acima:

  • Mais bugs corrigidos;
  • Mais funcionalidades;
  • Long Term Release;

Sugiro aos usuários que façam o upgrade. O QGIS fica melhor a cada versão, se mostrando um projeto robusto e que não irá sair de cena tão cedo, como os competidores esperam.

Fica aí a dica.

Abraços

Conferência Internacional de QGIS

Bom dia pessoal,

O QGIS, como sempre, vem arrebentando a boca do balão. Em maio, será realizada a 1º (acredito ser a primeira, já que não existe indicação de “versão”) conferência internacional de QGIS, a ser realizada em Copenhagen, na Dinamarca, com o apoio da Universidade de Copenhagen.

Será a primeira conferência a juntar os desenvolvedores, usuários e educadores que trabalham com QGIS! As expectativas são grandes!

A timeline da conferência é a seguinte:

  • Call for presentation – 10 março 2015;
  • Conferência de usuários – 18, 19 maio 2015;
  • Conferência de desenvolvedores – 20, 21 e 22 de maio 2015;

Como sempre, o pessoal precisa de uma força com a organização e registro dos participantes. Caso você seja um possível patrocinador, entre neste link e veja o que você pode ajudar! A Universidade de Copenhagen está fornecendor a infraestrutura e acomodações para os participantes.

Na parte de patrocínio, o evento precisa basicamente de:

  • Grana para rodar um livestream das apresentações e tutoriais;
  • Grana para a tradução simultânea;
  • Grana para tocar o QGIS (desenvolvimento);

É uma ótima oportunidade de conhecer os usuários mais ativos do projeto e desenvolvedores, e claro, quem sabe, contribuir com:

  • tradução;
  • desenvolvimento;
  • testes;
  • triagem de bugs (classificação de severidade, categoria, etc);
  • produção de conhecimento;

Confira o website da conferência!

PS: Quem puder ir e for, dê um alô para nós do Brasil!

10 anos de OpenStreetMaps

Olá pessoal,

O OpenStreetMaps é uma excelente plataforma com dados abertos (licença específica da fundação do OSM) que cobre, literalmente o planeta todo.

Preparando para o aniversário de 10 anos do OSM (já passou, Agosto de 2014) o MapBox fez um mapa muito legal mostrando a evolução da digitalização dos dados e importações.

Algumas coisas interessantes:

  • No Brasil o grosso das informações surgiu após 2008;
  • Estados Unidos foram mapeados muito rapidamente, principalmente pela existência do dataset TIGER – uma base gratuita de ruas;
  • Os mapas nunca param de evoluir. Se vocês prestarem atenção, mesmo depois de um grande número de vias estarem digitalizados, mudanças e refinamentos sempre estão rolando.

Deêm uma conferida no mapa aqui

Abraços!

Docgen

Olá pessoal, boa tarde!

Estamos prestando uma consultoria à um órgão governamental que possui um banco de dados em PostgreSQL bastante extenso. Uma de nossas tarefas era documentar o banco de dados todo, incluindo a criação de um dicionário de dados compreensivo, com informações sobre as tabelas, views, procedures, etc.

Como o banco é grande, possuindo muitos objetos, decidimos criar uma solução simples em Python que conecta-se ao banco de dados e utilizando um template, escreve o dicionário para nós, baseados nos comentários existentes para cada objeto.

No PostgreSQL, acredito que quase todos os objetos do banco possuem um campo de comentário, ou seja, ao invés da documentação ficar somente no papel, ela fica diretamente armazenada no campo de comentário de cada objeto, podendo ser consultada por quem já tem permissão aquele determinado objeto. É uma ideia simples, mas funcional.

Para inserir os comentários em lote, geramos um arquivo .yaml estruturado, onde as descrições podem ser preenchidas e posteriormente sincronizadas com o banco de dados. Outro utilitário, gera a documentação no formato de um template, podendo o mesmo ser customizado.

Ainda precisa de algumas mudanças e criação de testes para ficar um pouco mais modular, mas basicamente conseguimos ler todo o catálogo do PostgreSQL e gerar esta documentação em pouquíssimo tempo.

Outras funcionalidades veem a mente:

  • Geração de diagramas de forma automatizada;
  • Geração de relatórios de problemas comuns de banco de dados (ex: chave única em que é permitido valor nulo, etc);
  • Refatoração do código para funcionar com outros bancos de dados;

O docgen foi um projeto interessante de ser feito. Todo escrito em Python e agilizou bastante nossa vida. Fiquem a vontade para conhecê-lo no Github.