O Geoadmin é uma ferramenta web que possui no mapa as principais bases cartográficas disponibilizadas pelo governo.
Para que isso seja possível nosso time de geoprocessamento periodicamente faz o download dos dados e organiza para que tudo isso seja acessado de forma simples e direta no mapa.
Os dados do INCRA para downloads estão divididos por estado contendo:
Compatibilizamos todas essas bases em um arquivo tipo Shapefile único, onde você poderá localizar facilmente a parcela.
Boa noite pessoal!
Hoje vamos falar um pouco sobre a metodologia da SIGMA referente a cartografia de larga escala.
Bem, a definição de larga escala pode variar de projeto para projeto, mas geralmente estamos falando de áreas com milhares de objetos geográficos (ou feições) em uma escala de até 1:10.000.
Vou comentar primeiramente da nossa experiência e logo depois irei comentar das ferramentas que desenvolvemos para auxiliar os analistas de geoprocessamento e a gerência a ter uma visão completa do projeto.
A SIGMA Geosistemas já executou diversos projetos que podem ser considerados como cartografia de larga escala. Em uma conta rápida, estimo aproximadamente entre 60 e 70 mil km2 mapeados, utilizando apenas tecnologias livres, distribuídos entre os diversos projetos executados.
Uma breve descrição sobre nosso stack tecnológico:
O PostgreSQL com o PostGIS, é sem dúvida, o banco de dados geoespacial mais capaz do mercado. Ele é nossa principal arma para este tipo de projeto, pois é um banco de dados:
Junto ao PostgreSQL, para ajudar a manter estas centenas de conexões simultâneas (cada usuário pode abrir mais de uma conexão ao banco), usamos o pgpool. Ele é responsável por criar um pool de conexões, sem termos a necessidade de recriamos cada conexão a todo momento. Isto nos traz robustez e aumenta o desempenho.
Em cima disto tudo, a estrela: QGIS, de preferência uma versão recente.
O cartobash e o X9 são ferramentas abertas que a SIGMA desenvolveu para auxiliar nesta tarefa.
O cartobash é uma ferramenta escrita basicamente em shell script, que automatiza diversas partes da construção de novos bancos de dados, configuração de logging, backups e issues.
Além disso, o cartobash gerencia versões padrões de projetos QGIS, permitindo que cada analista gere seu arquivo de projeto, insira rapidamente sua senha e configure as diversas camadas daquele projeto.
O X9 é um experimento escrito em Python e Django para ajudar a monitorar o que está sendo feito pelos analistas, em tempo real.
Ele consulta a base de dados e a base de logs, para determinar qual é o total de edições realizadas naquele dia, qual é a porcentagem de progresso do projeto, entre outras métricas interessantes.
Descrita as ferramentas, passamos para a metodologia!
Em temos gerais, passamos pelas seguintes etapas:
Para o início de todos os projetos, o primeiro passo é determinar seu modelo de dados e sua abrangência geográfica.
De posse dessas informações, já saberemos o quão complexo será a construção e digitalização dessa base de dados.
Neste ponto, com o modelo de dados principal, tabelas relacionados (ou auxiliares) prontas, configuramos o logging, issues e áreas de trabalho.
isto
Esta etapa é (e deve ser) automatizada. Tudo isto é feito pelo cartobash. Dividimos o projeto em sub-áreas, utilizando algumas funcionalidades do PostGIS e delegamos as mesmas para os analistas.
As issues também são configuradas nesta etapa. As issues ou não-conformidades são dados geográficos que podem ser utilizados pelos analistas e revisores, para marcar áreas que não estejam de acordo com o padrão de qualidade esperado.
Dependendo do tipo de projeto, configuramos as isto validações automatizadas, como regras topológicas, executadas a cada minuto, podendo ser visualizadas pelos analistas em tempo real.
UFA! O cartobash nos ajuda até aí, então é bem fácil de realizar isso tudo. Basta rodar um comando bash
e correr para o abraço.
A parte complicada, é construção do projeto do QGIS. O QGIS permite a construção de formulários customizados, com regras avançadas de relacionamento entre tabelas.
Por exemplo, um tipo de feição possui um campo chamado CLASSE
, que só pode ter um dos valores: A
, B
ou C
. Usando as ferramentas do QGIS permitem que você configure e limite as opções do analista, apenas a estas três.
Este é um exemplo simples, mas a partir desta configuração, o projeto padrão é disseminado entre os analistas, que inserem seu próprio usuário e senha do banco de dados.
A partir deste momento, devemos por a mão na massa.
Existe um desafio complexo ao trabalhar com projetos massivos como os que trabalhamos. A sensação de progresso experimentada pelos analistas é bastante pequena, quando não delegamos áreas menores para seus trabalhos.
Caso eles tenham liberdade para escolher as áreas de trabalho, sem uma limitação menor, a sensação de avanço do trabalho é pequena e acabam se desmotivando.
O segredo que permitiu aumentar a produtividade e aumentar a sensação de progresso entre os colaboradores foi a divisão do projeto em áreas menores, assinalando as mesmas a cada analista.
Apesar de funcionar, pode trazer alguns problemas, como a eventual correção de divergências entre as grades, mas em nossa experiência, essas correções são pequenas – fazendo esta estratégia valer a pena.
Neste post tentamos trazer para vocês um pouco nossa experiência com projetos de cartografia de larga escala.
Qual é a sua experiência? Comente conosco!
E você? tem algum projeto de cartografia de larga escala e precisa de ajuda? Conte conosco.
Um abraço!
Hoje vamos falar sobre uma ferramenta importante do QGIS, usada para conexão com banco de dados PostgreSQL/PostGIS.
Com esta ferramenta você poderá gerenciar seus bancos de dados, e as principais formas de interação são:
Para criar a conexão devemos acessar o menu Camada > Adicionar Camada > PostGIS
.
Será aberta a tela a seguir:
Ao clicar em Novo
será aberta a tela de configuração de conexão onde deverão ser incluídos os dados de conexão. O QGIS suporta a conexão tanto com servidores locais, quanto na rede interna, até mesmo na internet.
Veja abaixo a tela de conexão com o banco de dados.
Após inserir os dados você poderá clicar em Testar conexão
para verificar se os dados inseridos estão corretos e clicar em OK
para salvar sua conexão.
Se tudo estiver correto ao clicar no botão Conectar
serão listadas todas as tabelas que possuem colunas geométricas.
A partir daí você poderá adicionar as camadas aos seus projetos, porém esta funcionalidade ainda não permite o gerenciamento de Banco de Dados, ela é o primeiro passo para gerenciá-lo.
Para acessar a ferramenta de gerenciamento de Banco de dados você deverá acessar o menu Banco de Dados > Gerenciador BD > Gerenciador BD
.
Ao clicar você verá a tela abaixo, note que se expandir o menu do PostGIS
irá ver a conexão criada.
Você poderá navegar entre as tabelas de seu banco de dados, note que no nome de cada tabela existe um ícone mostrando qual é o tipo geométrico da tabela. Caso ela não possa geometria, o QGIS utiliza um outro ícone para renderizá-la.
Nas abas Info
, Tabela
e Pré-visualizar
você poderá ter acesso rápido aos dados do banco sem a necessidade de carregar a camada em seu projeto.
Existem três ferramentas que são muito úteis para a manipulação dos dados no PostGIS.
São elas:
Através da Janela SQL você poderá utilizar qualquer query para consultar seu banco de dados, inclusive utilizando funções do Postgis.
SELECT
id,
ST_AsText(geometria) as geometria.
ST_IsValidReason(geometria) as tipo_erro
FROM uso_solo
WHERE ST_IsValid(geometria_ = FALSE)
No exemplo o objetivo é listar os polígonos com geometria invalida para que possam ser corrigidos.
Foram utilizadas as funções:
ST_GeomFromText para retornar as coordenadas em texto;
ST_IsValidReason para mostrar qual o erro que gerou a geometria invalida e
ST_IsValid para listar somente as geometrias inválidas.
Além de listar estes polígonos é possível carregar o resultado como uma camada, basta marcar a opção Carregar como uma nova camada
, para isto é necessário que exista no resultado de sua query uma coluna com um valor único e uma coluna com o valor geométrico, selecione os campos e clique no botão Carregar agora!
, e uma nova camada será carregada em seu projeto.
Abaixo figura da camada carregada com o erro encontrado:
Esta ferramenta importa um arquivo do tipo shapefile do QGIS diretamente para o PostGIS. Não é necessário criar a tabela previamente, será criada juntamente com as colunas e os tipos definidos no arquivo shapefile.
Esta ferramenta faz o oposto da importação, com ela é possível exportar uma tabela do banco de dados para um arquivo shapefile ou em algum dos formatos suportados.
Quem trabalha com com geoprocessamento ou dados geográficos e quer conhecer um pouco mais do PostgreSQL/PostGIS esta é uma ferramenta incrível para começar, pois irá lhe poupar algumas horas de trabalho visualizando os resultados das queries direto no mapa.
Bom dia pessoal,
O QGIS, como sempre, vem arrebentando a boca do balão. Em maio, será realizada a 1º (acredito ser a primeira, já que não existe indicação de “versão”) conferência internacional de QGIS, a ser realizada em Copenhagen, na Dinamarca, com o apoio da Universidade de Copenhagen.
Será a primeira conferência a juntar os desenvolvedores, usuários e educadores que trabalham com QGIS! As expectativas são grandes!
A timeline da conferência é a seguinte:
Como sempre, o pessoal precisa de uma força com a organização e registro dos participantes. Caso você seja um possível patrocinador, entre neste link e veja o que você pode ajudar! A Universidade de Copenhagen está fornecendor a infraestrutura e acomodações para os participantes.
Na parte de patrocínio, o evento precisa basicamente de:
É uma ótima oportunidade de conhecer os usuários mais ativos do projeto e desenvolvedores, e claro, quem sabe, contribuir com:
Confira o website da conferência!
PS: Quem puder ir e for, dê um alô para nós do Brasil!