A Digital Globe, gigante do sensoriamento remoto anda inovando.
Apenas neste ano, vimos surgir sua própia Maps API, que permite ao desenvolvedor a criar aplicativos usando imagens diretamente da Digital Globe.
Logo depois, surgiu o [GBDX] uma plataforma em nuvem para execução de algoritmos a serem aplicados a enorme biblioteca de imagens da empresa.
Agora, mais uma, usando esse conjunto citado acima. O lançamento é do aplicativo Penny.
O Penny é uma IA (inteligência artificial) criada para detectar e prever riqueza. Mas como isto é possível?
Analisando e cruzando dados de satélite com dados do censo americano, é possível treinar uma rede neural ou qualquer algoritmo de machine learning que se queira para estimar a probabilidade de uma área ser rica ou pobre, baseado nos dados do entorno.
Os passos básicos são:
- Adquirir dados do Censo;
- Comparação entre os dados vetoriais com os dados de imagens;
- Treinamento de uma rede neural, cruzando feições com as informações do censo sobre renda;
Exemplo (e um chute):
- No bairro X existem dois shoppings e a renda é mais alta;
- No bairro Y existem mais estacionamentos e a renda é média;
- No bairro Z existem mais parques e a renda é baixa;
- No bairro X1 existem mais árvores e a renda é mais alta;
A partir de algumas premissas e identificação de feições chave, foi possível cruzar e prever quais tipos de construções/pólos aumentam o valor da renda em determinado lugar.
Isto não quer dizer que as pessoas ficam mais ricas, apenas que pessoas mais ricas frequentam aquele lugar.
Claro que isto é um experimento. A Digital Globe ainda permite que você altere o mapa, colocando partes de outras imagens no local onde você está. Por exemplo, é possível “gentrificar” ou “aumentar o valor da renda” de uma área, colocando mais árvores ou prédios de luxo, como o Empire State Building.
É uma aplicação interessante que mostra para nós como vai ser o futuro do sensoriamento remoto.